Mas, passado o trauma da ceia de Natal, vem a festa de réveillon. E festa de réveillon é sempre a mesma coisa – você nunca sabe ao certo como que escreve ou pronuncia, só sabe que tem muito champanhe para estourar. Viagem à praia, com aquela galera. Todo mundo se preparando para a tão esperada virada. E logo começam as superstições. Vermelho, cor da paixão: fita vermelha amarrada na calcinha, para desencalhar. Fita rosa para que seja logo com o seu grande amor. Amarela para que ele seja bem rico e possa lhe bancar. Verde porque se ele não chegar esse ano, você não desistir de esperar por ele no próximo. Quando termina de amarrar todas as fitas, sua roupa íntima já está digna de Globeleza. Por fim a roupa branca para… Bom, você nunca sabe ao certo pra que merda serve vestir roupa branca, mas já que todo mundo veste…
É chegado o grande momento! 5… 4… 3… 2… 1! Feliz ano nooovo! Nossa, aí é uma agonia pra abraçar logo todo mundo, que quando você se dá conta, já abraçou o marido da moça que ia passando, o vendedor de água mineral, o catador de latinha, mas acabou esquecendo o primo gato da Pri. Qual a cor da fita para espantar miopia? Promete que não vai esquecer de pesquisar isso no próximo ano…
E chega a hora de pular as 7 ondas, e fazer os 7 pedidos. Pula a primeira onda: saúde pra toda a… Lá vem a segunda onda: que o estagiário bonitão me chame pra… Terceira onda: um bumbum igual ao da Riti… Quarta onda: que a bruaca não me tire no próximo… Passou a quinta, você não fez o pedido! Corre atrás da quinta! Lá veio a sexta! Puft! A sétima te dá um banho. E você acaba caída na praia, com a roupa encharcada. O mico da noite. E o pior de tudo: já era a sua chapinha.
E todo ano novo também começa com velhas promessas de uma vida nova. Dedicar-se aos estudos, ser mais agradável com as pessoas no trabalho, levar a sério aquela dieta de toda segunda-feira, não jogar mais papel de bombom na rua, não cobiçar o namorado ou a namorada da vizinha ou vizinho… Tudo isso vai para a pauta das “100 coisas que eu devo fazer para me tornar uma pessoa mais feliz”.
E então o ano começa, e começa a rotina, e os problemas, e as contas a pagar… Volta a dor de cabeça, e você se irrita com o trabalho, principalmente com a Alzira, que começou a pegar o estagiário bonitão. Tem que se virar com desculpas esfarrapadas toda vez que a secretária lhe pergunta por que ainda não usou aquela blusa pra ir trabalhar. Tem que engolir o convite de casamento da Ritinha. E você não tem mais tempo pra pensar em dieta, muito menos em estudos. Não tem mais tempo pra porra nenhuma. E a única coisa que lhe resta fazer é esperar pelo próximo ano, pedindo do fundo do coração para que ele seja diferente. Porque os anos que estão por vir, são sempre a mesma coisa. Neles apostamos todas as nossas fichas, todas as esperanças de algo melhor. Então, no final é ir levando as coisas do jeito que puder, e torcer para que no ano que vem a vida seja mais fácil. E o panetone, mais gostoso.
É chegado o grande momento! 5… 4… 3… 2… 1! Feliz ano nooovo! Nossa, aí é uma agonia pra abraçar logo todo mundo, que quando você se dá conta, já abraçou o marido da moça que ia passando, o vendedor de água mineral, o catador de latinha, mas acabou esquecendo o primo gato da Pri. Qual a cor da fita para espantar miopia? Promete que não vai esquecer de pesquisar isso no próximo ano…
E chega a hora de pular as 7 ondas, e fazer os 7 pedidos. Pula a primeira onda: saúde pra toda a… Lá vem a segunda onda: que o estagiário bonitão me chame pra… Terceira onda: um bumbum igual ao da Riti… Quarta onda: que a bruaca não me tire no próximo… Passou a quinta, você não fez o pedido! Corre atrás da quinta! Lá veio a sexta! Puft! A sétima te dá um banho. E você acaba caída na praia, com a roupa encharcada. O mico da noite. E o pior de tudo: já era a sua chapinha.
E todo ano novo também começa com velhas promessas de uma vida nova. Dedicar-se aos estudos, ser mais agradável com as pessoas no trabalho, levar a sério aquela dieta de toda segunda-feira, não jogar mais papel de bombom na rua, não cobiçar o namorado ou a namorada da vizinha ou vizinho… Tudo isso vai para a pauta das “100 coisas que eu devo fazer para me tornar uma pessoa mais feliz”.
E então o ano começa, e começa a rotina, e os problemas, e as contas a pagar… Volta a dor de cabeça, e você se irrita com o trabalho, principalmente com a Alzira, que começou a pegar o estagiário bonitão. Tem que se virar com desculpas esfarrapadas toda vez que a secretária lhe pergunta por que ainda não usou aquela blusa pra ir trabalhar. Tem que engolir o convite de casamento da Ritinha. E você não tem mais tempo pra pensar em dieta, muito menos em estudos. Não tem mais tempo pra porra nenhuma. E a única coisa que lhe resta fazer é esperar pelo próximo ano, pedindo do fundo do coração para que ele seja diferente. Porque os anos que estão por vir, são sempre a mesma coisa. Neles apostamos todas as nossas fichas, todas as esperanças de algo melhor. Então, no final é ir levando as coisas do jeito que puder, e torcer para que no ano que vem a vida seja mais fácil. E o panetone, mais gostoso.